POEMAS

O Referencial

O Descartes colocou tudo nos eixos,

O Cupido mandou-lhe os vectores,

E no quadriculado, de mãos dadas,

Ficaram a Geometria e a Álgebra.

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Ponto de Partida

As pétalas para contar

A simetria para desenhar

O ângulo para rodar

A Matemática para pensar

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Não Morras Sem Ter Vivido

Acelerações, velocidades e funções

Tudo junto nas misturas

E na variação de temperaturas

Anda o Homem num rodopio

Segura bem o tempo

O pêndulo está preso por um fio.

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O Infinito é Já Aqui

Era uma vez uma bola

Que caiu de uma janela

Sobe e desce sempre metade

Nunca mais se teve mão nela.


Quanto a bola andou

Já a matemática demonstrou

Mas será verdade?

Se a bola ainda não parou

Como a soma se calculou?

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Geometria!

Euclides, Euclides...

Tu que já descansas lá no Céu há

mais de dois mil anos.

Depois de ti ninguém escreveu

como tu uma obra de Geometria tão clara,

simples e lógica.

Bem podias estender a mão

a um satélite e ligares-te à Internet.

Compreenderias porque hoje

os alunos de todo o mundo

sabem tão pouca geometria

e escreverias de novo para eles

e para todos nós.

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